É isso, as suspeitas se tornaram reais.
No dia 4 de abril foi divulgado que Elon Musk, CEO da Tesla, havia comprado 9,2% de ações do Twitter, se tornando seu maior acionista. Logo em seguida foi oferecido a Musk um assento no conselho de administração da empresa, um acordo que incluía um limite de seu investimento na empresa para uma participação de 14,9% – algo que rapidamente foi desfeito. Cerca de 10 dias depois ele se ofereceu para comprar a empresa, por US$ 54,20 por ação.
Porém, pouco depois do anúncio do plano de compra, o conselho do Twitter instituiu uma medida de “pílula venenosa”, um plano de duração limitada de direitos dos acionistas para se proteger da oferta do bilionário. A estratégia funciona como um mecanismo para que os sócios que tenham receio de perder o controle de uma companhia dificultem ou, até mesmo, impeçam uma possível aquisição de ações.
Já ontem, sem muita explicação sobre o que levou à mudança de opinião da empresa, o Twitter anunciou que aceitou a oferta de Elon Musk. Ele comprou a empresa por US$ 54,20 por ação, num total de aproximadamente US$ 44 bilhões, o mesmo preço de sua oferta inicial em 14 de abril.
No anúncio constava a seguinte declaração de Musk: “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade. Também quero tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos”.
O CEO do Twitter, Parag Agrawal, também comentou o comunicado:
Twitter has a purpose and relevance that impacts the entire world. Deeply proud of our teams and inspired by the work that has never been more important. https://t.co/5iNTtJoEHf — Parag Agrawal (@paraga) April 25, 2022
O Twitter tem um propósito e relevância que impacta o mundo inteiro. Profundamente orgulhoso de nossas equipes e inspirado pelo trabalho que nunca foi tão importante.
Ainda não está claro qual o impacto de Musk no Twitter ou por onde ele começará suas mudanças. Ele já falou sobre o botão de editar (em que a plataforma já está trabalhando), sugeriu vetar anúncios do Twitter Blue, diminuir o preço da assinatura, adicionar Dogecoin como opção de pagamento… A questão é que agora Musk poderá refazer o Twitter da maneira que achar melhor, e muitos especialistas estão esperando ver grandes mudanças na forma como a plataforma faz moderação de seu conteúdo – o que deve ser, com base nos seus comentários, o foco principal do seu comando.
Iremos acompanhar.
Fontes: The Verge, Social Media Today, CNN