Um bom benchmarking pode ser a chave para melhorar as estratégias da sua agência. Saiba tudo sobre o processo e como aplicá-lo!
Quem nunca se comparou com um colega de trabalho, um grande nome do seu ramo ou com aquelas empresas que estão no topo do mercado? O benchmarking chegou com boas notícias, mostrando que isso pode ser usado a seu favor.
Ter um bom conhecimento do mercado no qual estamos inseridos é parte importante de uma atuação profissional de sucesso, que consiga levar qualquer empresa ou agência ao seu potencial máximo.
Assim, ao estudar a concorrência e entender como cada marca se posiciona em um dado segmento, é possível encontrar tanto as referências de que você precisa para crescer quanto os erros que você quer evitar.
Quer saber mais sobre como isso pode ser feito? Continue a leitura e entenda melhor o conceito de benchmarking!
O que é o benchmarking?
Quando falamos em se comparar com os outros, é claro que é preciso manter os pés no chão e não deixar que isso passe dos limites. Afinal, cada pessoa e empresa está inserida em um determinado contexto, que apresenta as suas particularidades.
Ainda assim, ter referências não é lá uma má ideia para quem quer crescer no mercado, certo? O benchmarking, termo que vem da palavra benchmark, que podemos traduzir como “ponto de referência” consiste em um processo de pesquisa, no qual uma empresa pode mapear as estratégias utilizadas no seu setor e compreender melhor seu posicionamento nesse meio.
É daí que vem a ideia da comparação, que surge como uma ferramenta utilizada para avaliar os seus próprios processos e resultados, tendo a concorrência como um parâmetro.
Para isso, podem ser utilizadas métricas e indicadores de performance, os famigerados KPIs, que ajudam a monitorar os resultados de outras empresas e compará-los com os seus, buscando identificar o que falta na sua atuação para que ela chegue ao topo do mercado.
É claro que, para que isso seja feito com ética e profissionalismo, já que estamos falando de lidar com a concorrência, é preciso seguir alguns princípios.
A legalidade, por exemplo, não pode ser deixada de lado na hora de coletar os dados de que você precisa para realizar esse estudo. Todas as informações adquiridas sobre o desempenho de outras empresas devem ser solicitadas de forma aberta e transparente.
Além disso, também é importante manter uma postura colaborativa, disposta a estabelecer uma troca com a concorrência, compreendendo que os dados de outras marcas podem ser oferecidos em troca de informações do seu próprio negócio.
Como esses dados serão disponibilizados para fins de estudo e análise, é importante manter a confidencialidade durante todo o processo, lembrando que, a não ser que você tenha a autorização da marca, essas informações não podem ser divulgadas.
Outro ponto importante, para um benchmarking ético e seguro, é estabelecer contatos específicos para o processo, ou seja, profissionais designados especialmente para realizar esse diálogo, de forma que os dados fiquem concentrados nessa interação e não se espalhem por aí.
Por fim, todo o processo depende de uma preparação cuidadosa, para que, logo no primeiro contato com a concorrência, você saiba do que precisa e possa explicar qual a finalidade das informações que estão sendo solicitadas, deixando tudo mais transparente e amigável.
Os principais tipos de benchmarking
Um ponto importante para se ter em mente é que esse processo pode atender a diversas finalidades, o que significa que pode ser realizado de diferentes formas.
Apesar de ter começado como um estudo da concorrência, essa prática pode ser adaptada para analisar diferentes aspectos da atuação de uma empresa, sendo importante diferenciar os tipos de benchmarking para compreender um pouco melhor os objetivos que ele pode ajudar a alcançar. Confira:
Competitivo
Nessa modalidade, que é a mais tradicional, o objetivo é analisar a concorrência e usá-la como um parâmetro de avaliação dos seus próprios processos.
O uso de dados oficiais e divulgados amplamente pelas principais concorrentes, como o faturamento e o crescimento, são boas escolhas para fazer esse estudo e avaliar como a empresa está posicionada no mercado.
É possível utilizar tanto os dados de grandes marcas, que estão no topo do setor, ou até mesmo aquelas que são menores, mas que possuem uma boa credibilidade no mercado e utilizam estratégias similares, como um posicionamento digital voltado para o mesmo público, nas mesmas plataformas, entre outros pontos em comum.
Dessa forma, é possível entender quais são os resultados de marcas que trabalham de forma parecida e, conforme os resultados da análise e da comparação, procurar os fatores que geram uma diferença em relação aos dados da concorrência.
Genérico
No benchmarking genérico, como o próprio nome indica, as marcas analisadas não são concorrentes diretas, mas empresas que trabalham a partir de processos parecidos, que podem ser avaliados para incorporar alguns métodos e estratégias ao seu próprio contexto.
Nesse sentido, praticamente qualquer negócio pode virar um bom objeto de estudo, já que o objetivo é entender como seus processos são estruturados, sem a necessidade de que trabalhem com o mesmo produto, serviço e público-alvo, simultaneamente.
Esse é um bom caminho para melhor aspectos mais gerais da empresa e obter resultados melhores a partir de marcas que estão se dando bem no mercado, o que não significa que seja necessário importar completamente todos os seus processos, mas entender quais pontos podem ser adaptados para a sua realidade e trazer bons resultados.
Ambiental
No mercado atual, a sustentabilidade cresce cada vez mais como um princípio adotado pelas empresas, com o objetivo de reduzir seus impactos ambientais e trabalhar de forma mais responsável em relação aos efeitos que geram sobre a natureza, além de contribuir com a imagem da marca.
Isso envolve a economia de recursos como energia elétrica e água, um descarte mais responsável do lixo produzido pela empresa, principalmente nos seus processos produtivos, e também uma conscientização do público-alvo da marca a respeito da importância de adotar esse princípio.
Quando falamos de analisar a concorrência e aprender com ela, o aspecto ambiental também pode entrar na conversa, já que pode ser bastante produtivo avaliar as medidas tomadas por outros negócios e, quem sabe, incluí-las no seu cotidiano, sempre fazendo as adaptações necessárias para que essas estratégias funcionem no seu contexto.
Funcional
Enquanto alguns processos são bem específicos de um ou outro segmento, existem atividades que são necessárias em qualquer setor do mercado, porque desempenham uma função essencial em qualquer empresa.
A gestão financeira e a liderança de equipes, por exemplo, fazem parte do cotidiano de qualquer companhia e, por isso, podem ter seus métodos aplicados a diferentes contextos.
Nesse sentido, o benchmarking funcional consiste em um estudo dessas atividades que estão presentes em qualquer marca, de forma que você tenha uma referência mais clara em relação aos métodos que obtêm os melhores resultados, assim como quais são aqueles que devem ser evitados.
Interno
E, para quem quer conhecer uma modalidade ainda mais criativa e muito eficiente desse processo, vale lembrar que também é possível encontrar pontos de referência no interior da própria empresa.
Ao fazer essa análise internamente, cada setor pode se espelhar em um outro, encontrando os pontos em comum nas suas atividades, para avaliar como podem melhorar seu desempenho a partir das estratégias utilizadas por outras equipes.
Na sua agência, por exemplo, será que o setor de atendimento não tem nada a ganhar analisando os processos da área de desenvolvimento? Atividades comuns como planejamento e comunicação podem ser um bom objeto de estudo para adotar novos métodos mais eficazes e padronizar o trabalho na agência.
Cooperativo
Nesse caso, o processo é feito de forma conjunta, entre empresas que firmam uma parceria para encontrar maneiras de melhorar os seus processos.
Enquanto a sua agência pode ter um excelente atendimento ao cliente e boas taxas de fidelização, outro negócio pode ter uma aquisição de novos clientes mais satisfatória. Assim, é possível trocar informações e crescer de forma cooperativa.
Esse é um bom jeito de encontrar formas de reinventar os seus processos e dar aquela atualizada que sempre cai muito bem para alcançar resultados melhores.
Qual a relação de benchmarking e marketing digital, e quais as vantagens de aplicá-lo?
O trabalho de uma agência de marketing digital é voltado para a escolha das melhores estratégias para desenvolver um bom posicionamento digital para os seus clientes, proporcionando uma boa taxa de geração de leads, muitos visitantes, uma ótima posição nas buscas orgânicas e uma série de outros elementos que melhoram os resultados da marca.
Nesse cenário, analisar a concorrência não significa importar inteiramente os seus métodos, mas manter um olhar atento, preparado para encontrar oportunidades de melhoria para a sua própria agência.
O marketing digital está constantemente se transformando e apresentando novas tendências, que precisam ser seguidas para que o seu cliente não fique para trás. Assim, acompanhar o desenvolvimento da área depende diretamente de monitorar também a sua concorrência.
É por isso que o benchmarking se tornou um processo tão utilizado para reinventar métodos e encontrar novas estratégias. Vale lembrar que isso não significa que você esteja roubando o trabalho de outras agências.
A ideia aqui é simplesmente acompanhar as transformações do mercado e ficar por dentro das novidades que estão sendo implementadas nesse meio.
Isso inclui analisar quais plataformas estão sendo mais utilizadas, quais são os formatos de conteúdos produzidos, como são promovidas as interações com o público, qual é a experiência de navegação nos sites, que tipo de informação é veiculada, entre muitos outros elementos que podem ser estudados.
Esse processo gera um ciclo contínuo de melhorias nas suas estratégias de marketing digital, ajuda a identificar possíveis erros no seu fluxo de trabalho atual e pode até mesmo reduzir os custos da agência, já que contribui com o aumento da sua produtividade e eficiência.
Ou seja, não faltam argumentos para começar a colocar o benchmarking em prática, né?
Inicie o benchmarking com esses 5 passos
Chegou a hora de colocar a mão na massa! Colocar o benchmarking em prática não é uma tarefa complicada e requer apenas um bom planejamento, assim como um bom guia para orientar a sua aplicação.
Felizmente, a Agência de Bolso tem um passo a passo simples e completo para começar a aplicar esse processo. Vem ver:
Escolha quais empresas serão monitoradas
Tudo começa com a escolha das empresas que serão monitoradas. Elas podem ser tanto do seu segmento, se o objetivo for encontrar melhorias para aprimorar os seus serviços, quanto de outros setores, se o seu propósito for melhorar processos mais gerais da agência.
O ideal é que a lista contenha de um a três nomes, para que você tenha um bom conjunto de dados. Lembre de priorizar as empresas com mais credibilidade, para que você tenha bons insights a partir da análise.
Determine quais indicadores serão analisados
Aqui, é hora de definir quais pontos da atuação dessas empresas serão estudados, o que significa que você precisa avaliar em quais aspectos elas podem contribuir com o seu próprio trabalho.
Alguns exemplos de índices que podem ser analisados são o engajamento nas redes sociais, o alcance dos conteúdos produzidos, autoridade do site e uma série de outros elementos que mostrem os resultados obtidos pelas empresas analisadas.
Colete os dados
Agora, chegou a hora de obter os dados que serão analisados no seu benchmarking.
Por exemplo, se você está interessado em saber mais sobre o posicionamento digital de uma empresa, você pode observar e avaliar as estratégias de marketing de conteúdo utilizadas por ela e coletar dados de tráfego do site da marca, o que pode ser feito por meio de ferramentas como o Similarweb, entre muitas outras disponíveis na internet.
Ah! O ChatGPT também pode dar uma força nisso.
Faça a comparação e analise as informações coletadas
Tendo os dados em mãos, é hora de olhar para eles com atenção e fazer uma análise atenta, estabelecendo as comparações necessárias com os seus próprios resultados.
Assim, vale lembrar que, para cumprir essa etapa e realizar um bom benchmarking, você precisa ter um bom conhecimento sobre o seu próprio desempenho.
Identifique tanto pontos positivos como negativos
Por fim, pode ser interessante produzir um relatório sobre as informações encontradas e as suas conclusões a partir delas.
Lembre de identificar tanto os pontos positivos quanto os negativos, ou seja, aponte quais são as oportunidades de melhoria para as suas estratégias de marketing digital, mas também possíveis ameaças que precisam ser solucionadas.
Tudo pronto para aplicar esse processo na sua agência e aproveitar os benefícios que ele oferece? Agora, continue aqui no blog da Agência de Bolso e saiba como fazer um planejamento de marketing para um novo cliente!