Na Ásia a venda de produtos diretamente nas lives é um braço forte da ByteDance, controladora do TikTok, e o modelo é visto como o futuro das compras por muitas plataformas de mídias sociais. Marcas e influenciadores fazem transmissões ao vivo e vendem produtos por meio de uma cesta laranja clicável na tela do aplicativo (Douyin, o irmão chinês do TikTok).
Justamente por isso, a empresa chinesa lançou no Reino Unido, ano passado, a ‘TikTok Shop’, seu primeiro mercado fora da Ásia, com planos de lançar o recurso na Alemanha, França, Itália e Espanha no primeiro semestre deste ano, além de expandir para os EUA no final de 2022.
Porém, conforme relatado pelo Financial Times, o TikTok abandonou esses planos após seus investimentos no Reino Unido serem atingidos por problemas internos, além de passarem pela dificuldade de ganhar força com os consumidores.
Funcionários do TikTok disseram ao FT que o primeiro projeto fora do mercado asiático não cumpriu as metas e os influenciadores desistiram do arranjo. Aparentemente, muitas lives obtiveram vendas fracas, apesar da empresa oferecer subsídios e incentivos em dinheiro para incentivar marcas e influenciadores.
O jornal também relatou que houve um êxodo em massa de funcionários da equipe de Londres, incomodados com a “cultura de trabalho agressiva” imposta pelos líderes da ByteDance, além de denúncias de dificuldades em aceitar algumas leis trabalhistas do Reino Unido.
Apesar de optar por não expandir a ‘TikTok Shop’ fora da Ásia, o TikTok disse que está focado em tornar a proposta um sucesso no Reino Unido. E, apesar disso, a empresa continua expandindo o produto por outros países asiáticos.
Fonte: Financial Times
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