O Reuters Institute para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford, divulgou seu novo relatório “Visão geral e principais conclusões do Relatório de notícias digitais de 2022”.
A pesquisa traz diversos tópicos interessantes sobre o consumo de notícias atualmente, com dados de cerca de 12 países, incluindo o Brasil. Um dos tópicos em destaque é justamente como as redes sociais estão mudando a forma que as pessoas consomem notícias – e quais são essas plataformas, com foco qualitativo detalhado em três países (Reino Unido, EUA e Brasil).
O instituto descobriu que, em todos os países, as mídias sociais passaram a ser o principal local de fonte de notícias, para 39% dos entrevistados. Ultrapassando assim sites e aplicativos (31%), seguidas pela tela inicial do smartphone (12%) e aplicativos agregadores como o Apple News (9%).
“Quando se trata especificamente do uso de notícias , o Facebook continua sendo a rede mais importante em nossa cesta de 12 países, mas caiu 12 pontos percentuais desde 2016. O Twitter estagnou em grande parte na última década em termos de sua base de usuários, embora permaneça extremamente influente com jornalistas e políticos. O Instagram, de propriedade da Meta, agora é mais amplamente usado para notícias, enquanto o TikTok ultrapassou o Snapchat de uma base baixa”.
Os dois gráficos abaixo mostram a proporção de quem usou cada rede social para notícias na última semana, o primeiro destacando a plataforma, numa média de 12 mercados diferentes, o segundo separando o uso das plataformas em regiões:
O relatório ainda observa um uso significativo e crescente do TikTok, especialmente na África, Ásia e América Latina, bem como na Europa Oriental. O uso ainda é maior para menores de 25 anos, mas está se estendendo a todas as faixas etárias em países que usam mais o TikTok, como Quênia, África do Sul, Tailândia, Indonésia, Brasil e Peru.
Para encerrar, uma citação que a própria equipe da pesquisa trouxe, de um brasileiro. Segundo eles, ela resume como as percepções de conteúdo no TikTok mudaram no último ano: "Quando o TikTok foi lançado, era só dança, coreografia; hoje não, apesar dos vídeos serem rápidos, trazem informação imediata" Homem, 24, Brasil.
O relatório completo pode ser lido em: Overview and key findings of the 2022 Digital News Report