Títulos sensacionalistas e enganosos viraram algo comum na internet. Vem entender o que é clickbait e se vale a pena investir nele!
O sensacionalismo já virou algo comum na internet e a técnica de clickbait está aí para comprovar essa tendência.
Títulos polêmicos, em tom alarmante ou que prometem algo impossível são algumas das formas de utilizar essa estratégia nada ética, que funciona como uma “isca de cliques”.
Afinal, o ambiente digital pode sim ser bem competitivo e, na falta de um bom planejamento estratégico, há quem comece a pensar que os fins justificam os meios, apelando para esse tipo de técnica para atrair a atenção dos usuários.
Será que vale a pena? Continue a leitura e entenda melhor o que é o clickbait, como ele funciona e por que você deve ficar longe dessa prática!
As características e os tipos mais comuns de clickbait
“Como perder 10 kg em cinco dias”, “5 infalíveis dicas para virar milionário em 2024”, “você não vai acreditar no poder desse software!”.
Esses são só alguns exemplos de tipos de clickbait com os quais você já deve ter se deparado por aí, seja nas redes sociais ou nos motores de busca.
A ideia por trás desses títulos sensacionalistas é chamar a atenção do usuário, mas não pelo conteúdo em si.
Em vez de apostar na qualidade do conteúdo e na sua capacidade de solucionar dores do público, a estratégia aqui é fazer promessas impossíveis ou simplesmente usar um tom alarmante para alcançar o tão sonhado clique.
Um exemplo clássico de clickbait são os títulos e as thumbnails de vídeos no YouTube. Quem nunca viu alguém fazendo uma cara de surpresa com uma situação aparentemente inusitada e depois descobriu que o conteúdo não tinha nada de mais?
É assim que essa técnica opera, criando conteúdos que muitas vezes não satisfazem as necessidades dos usuários e que, em casos mais graves, trazem até mesmo informações falsas.
Esses conteúdos com títulos sensacionalistas sobre emagrecimento, por exemplo, muitas vezes acabam trazendo dicas que não funcionam e que podem até mesmo ser perigosas para a saúde de quem as utiliza.
Outro exemplo bastante comum, dessa vez na venda de produtos online, são as ofertas de descontos incríveis, que acabam não sendo verdadeiros.
Um produto caro pode estar com 80% de desconto, o que faz com que você clique no anúncio, mas essa oferta só vale para compras acima de um valor absurdo.
A conclusão é que seja qual for o tipo de clickbait, a principal característica dessa estratégia é enganar o usuário para conseguir mais cliques.
Por que o clickbait funciona?
Um dos motivos pelos quais muitas pessoas acabam usando essa estratégia é que ela realmente cumpre o seu propósito.
Afinal, esses títulos chamam a atenção do usuário que navega na internet e despertam a sua curiosidade, fazendo com que acessem o conteúdo para entender do que se trata.
Além disso, em muitos desses casos, são aplicados gatilhos mentais, como os de senso de urgência ou de escassez, que funcionam muito bem para conduzir as pessoas a realizarem uma ação.
No entanto, no caso do clickbait, esse recurso é usado de forma antiética, não com o objetivo de despertar um sentimento no usuário, mas de enganá-lo.
3 motivos para não usar clickbait nas suas estratégias
Se você ainda tem muito apego à ideia de que essa estratégia pode ajudar a atrair mais cliques, é importante ter em mente que essa também não é uma boa razão para aderir à prática.
Para deixar claro por que não usar esse tipo de recurso, selecionamos três motivos para convencer você a ficar longe dessa técnica:
Disseminação de conteúdos falsos
A pesquisa Iceberg Digital, de 2020, chegou a uma conclusão bem preocupante: 62% dos brasileiros não sabem reconhecer fake news.
Isso significa que, na época, mais da metade da população do país não sabia distinguir um conteúdo confiável daqueles que espalham informações falsas, podendo aderir a certas práticas por conta da postura antiética de quem as publica.
Essa busca incessante pelos cliques levou também ao crescimento da disseminação dessas informações, já que uma abordagem sensacionalista pode parecer mais instigante do que a realidade.
Assim, aderir a essa prática contribui para esse cenário e, em muitos casos, pode até mesmo colocar as pessoas em risco.
Além disso, vale lembrar que o combate às fake news cresceu desde então e a conscientização em relação ao assunto só cresce, fazendo com que esses conteúdos sejam identificados com mais rapidez, o que acaba com a credibilidade de quem os publica na internet.
Cliques não são vantajosos a longo prazo
Também vale a pena questionar o princípio dessa estratégia: será que os cliques são tão relevantes assim?
Quando falamos em produção de conteúdo, é claro que a visibilidade é um ponto importante, mas isso vai muito além de fazer com que as pessoas acessem o seu blog ou site.
A expectativa, na verdade, é que esse acesso seja somente o começo de uma relação entre marca e cliente.
Assim, quando são lançadas essas “iscas” de cliques, é muito provável que o leitor se dê conta de que o conteúdo não entrega o que promete, desistindo de criar um vínculo com quem o publicou.
Você perderá possíveis clientes
Abrir um conteúdo e perceber que você foi enganado pelo título não é lá uma sensação muito positiva, né?
Essa sensação de frustração é o que costuma tomar conta de quem cai em um clickbait e, se você quer atrair mais clientes, esse certamente não é o melhor jeito de se posicionar no ambiente digital.
Na verdade, esse é um jeito rápido e muito eficiente de perder a confiança do seu público.
Além disso, vale lembrar daquilo que alertamos agora há pouco: cada vez mais ouvimos falar em fake news e várias plataformas estão desenvolvendo mecanismos para combatê-las.
Assim, a associação com esse tipo de prática pode trazer grandes prejuízos para a credibilidade do seu conteúdo e da agência como um todo.
É possível usar a estratégia, mas de forma responsável?
Para finalizar esse assunto, vale reforçar: o clickbait é extremamente antiético e não deve ser utilizado!
Por outro lado, isso não significa que você não deva investir em técnicas que ajudam a chamar a atenção das pessoas e despertar a curiosidade do seu público.
Na verdade, um bom copywriting deve considerar esses aspectos e desenvolver estratégias para tornar um título instigante o suficiente para que as pessoas acessem o seu conteúdo.
Despertar sentimentos e sensações, como o desejo, a urgência e até mesmo o receio, é perfeitamente válido, desde que isso não seja feito com o intuito de enganar o seu leitor.
Assim, com uma postura responsável e muita criatividade, não existe a menor necessidade de apelar para essas técnicas sensacionalistas.
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