Um novo post no blog Meta For Business explica que a empresa está bloqueando anunciantes de usar opções detalhadas de segmentação de anúncios com base em questões consideradas sensíveis, como raça ou etnia, filiação política, religião ou orientação sexual e outros.
“Ouvimos de especialistas que opções de segmentação como essas poderiam ser usadas de formas que poderiam trazer experiências negativas para pessoas em grupos sub-representados”, escreveu Graham Mudd, vice-presidente de marketing e anúncios da Meta.
Mudd também destaca que as opções de segmentação detalhadas não são baseadas em características físicas ou escolhas pessoais, mas sim em aspectos como as interações delas com o conteúdo das plataformas – aquilo que os anunciantes acham que o usuário pode estar interessado com base em sua atividade. Porém, ainda assim, essa segmentação detalhada pode ser prejudicial, podendo ser discriminatória, reforçar vícios, influenciar negativamente comportamentos e causar sofrimento mental.
Essa não é a primeira vez que a empresa remove categorias de segmentação. Já foi possível segmentar anúncios para categorias anti-semitas e pseudociência, por exemplo, ou anúncios de habitação, emprego e crédito por “afinidade multicultural”, que poderia excluir certas raças. E só depois do escândalo do Cambridge Analytica o Facebook parou de permitir que dados de terceiros fossem direcionados a anúncios em 2018, cortando empresas que vendiam dados como seu histórico de compras para anunciantes.
Especula-se que esta mudança pode ter com os esforços da UE para regular ou proibir publicidade baseada em rastreamento. E como o sistema de publicidade global da Meta não pode filtrar com eficácia certas áreas, a empresa terá que desligar grupos de segmentação detalhados em todo o mundo. No entanto, isso ainda não impedirá a segmentação com base em idade, sexo e localização – só impedirá a segmentação com base na afinidade dos usuários por um subgrupo específico.
A mudança entrará em vigor no Facebook, Instagram e Messenger em 19 de janeiro de 2022.
Fonte: The Verge