A plataforma anunciou as novidades ontem, no domingo dia 10. Elas são novas medidas para afastar adolescentes de conteúdo prejudicial e encorajá-los a fazer uma pausa do Instagram.
A informação veio do vice-presidente de assuntos globais do Facebook, Nick Clegg, ao participar do programa State of the Union da CNN: “Vamos apresentar algo que acho que fará uma diferença considerável, que é onde nossos sistemas veem que um adolescente está vendo o mesmo conteúdo repetidamente, e é um conteúdo que pode não ser favorável ao seu bem-estar, vamos incitá-los a olhar para outro conteúdo”.
Ele acrescentou também que, além de pausar os planos do Instagram Kids e dar aos pais mais controles opcionais de supervisão, a empresa vai introduzir um recurso chamado “Take a Break” (faça uma pausa) “onde estaremos pedindo aos adolescentes que simplesmente façam uma pausa de usar o Instagram”.
Clegg não forneceu informações de quando essas ferramentas devem entrar em uso. O The Verge solicitou mais informações ao Facebook, que disse que os recursos “ainda não estão sendo testados, mas serão em breve”.
A participação do vice-presidente de assuntos globais do Facebook na CNN, com esses anúncios, aconteceu menos de uma semana depois que a ex-gerente de produto do Facebook, Frances Haugen, testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos sobre uma pesquisa interna que mostrou que o Instagram pode ter um efeito negativo na saúde mental dos jovens.
Dana Bash, da CNN, ainda perguntou a Clegg se o algoritmo do Facebook amplificou ou espalhou vozes pró-insurreição antes do motim no prédio do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro. Ele disse que não poderia responder que sim ou que não, mas afirmou que os algoritmos do Facebook “devem ser responsabilizados, se necessário, por regulamentação para que as pessoas possam comparar o que nossos sistemas dizem que deveriam fazer do que o que realmente acontece”.
Uma das principais acusações de Haugen é que o Facebook é totalmente orientado por métricas, que priorizam o crescimento, e como conteúdo que estimula a reatividade gera mais engajamento, de acordo com ela, a empresa deixa isso acontecer para que obtenha mais lucro. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, contestou a ex-gerente de produto, dizendo que era ilógico para uma empresa que depende de anunciantes divulgar conteúdo que irrita as pessoas para obter lucro.
Fonte: The Verge