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Facebook, pela primeira vez, removeu um post de Trump sobre coronavírus por desinformação

Foto do escritor: Vinicius GambetaVinicius Gambeta

Este vídeo inclui alegações falsas de que um grupo de pessoas é imune ao COVID-19, o que é uma violação de nossas políticas em torno de informações prejudiciais sobre o COVID“, disse Andy Stone, porta-voz do Facebook.

Ontem a plataforma removeu um vídeo da página pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que incluía um segmento de uma entrevista à Fox News, em que disse que as crianças devem voltar à escola porque são “quase imunes” ou “praticamente imunes” à doença (embora sejam menos vulneráveis, as crianças podem transmitir a doença a outras pessoas, e algumas crianças morreram por causa dela).

Essa é a primeira vez que o Facebook remove um post de Trump por desinformação do COVID-19, demonstrando uma situação rara pela qual está disposto a censurar o presidente. Em junho, a plataforma removeu os anúncios publicados pela campanha de Trump, que exibiam um símbolo nazista usado para classificar presos políticos durante a Segunda Guerra Mundial.

A campanha de Trump acusou o Facebook de “viés flagrante”: “O presidente afirmou que as crianças são menos suscetíveis ao coronavírus“, disse a vice-secretária nacional de imprensa da campanha. “Outro dia, outra demonstração do viés flagrante do Vale do Silício contra esse presidente, onde as regras são aplicadas apenas em uma direção. As empresas de mídia social não são as árbitras da verdade“.

A forma como o Facebook tem lidado com as postagens de Trump tem sido criticada tanto pela esquerda quanto pela direita nos Estados Unidos. Sua recusa em agir nos casos em que posts do presidente continham conotações de violência contra manifestantes, provocou indignação entre os progressistas. Ao mesmo tempo, os apoiadores de Trump reclamavam frequentemente de que o Facebook e outras empresas de mídia social, como o Twitter e o YouTube, têm um viés liberal e censuram injustamente os conservadores.

O Twitter também removeu o vídeo compartilhado pela campanha de Trump, alegando que o vídeo estava “violando as Regras do Twitter sobre desinformação da COVID-19”.

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