Em setembro do ano passado a empresa anunciou seus óculos de realidade aumentada, o “Projeto Aria”, que a princípio estariam disponíveis nas lojas já em 2021.
Esse anúncio gerou uma onda de entusiasmo na época, mas desde então o Facebook tem procurado moderar as expectativas, observando que o primeiro estágio do dispositivo não será totalmente habilitado para AR (realidade aumentada).
Claro que isso não significa que um próximo nível não esteja sendo desenvolvido – essa semana a empresa forneceu mais informações sobre seus planos para AR e envolvimento com dispositivos digitais – o que ela acredita ser a próxima grande mudança na computação:
“Digamos que você decida ir a pé até o café local para trabalhar. Você está usando um par de óculos de AR e uma pulseira. Quando você sai pela porta, o Assistente pergunta se você gostaria de ouvir o episódio mais recente do seu podcast favorito. Um pequeno movimento de seu dedo permite que você clique em ‘reproduzir’. Quando você entra no café, seu Assistente pergunta: ‘Quer que eu peça um Americano de 350 ml?’ Se não estiver com humor para o de costume, você novamente balança o dedo para clicar em ‘não'”.
E mais exemplos são dados para mostrar até onde o Facebook está focado em chegar:
“Você se dirige a uma mesa, mas em vez de puxar um laptop, tira um par de luvas táteis leves e macias. Quando você as veste, uma tela virtual e um teclado aparecem na sua frente e você começa a editar um documento. Digitar é tão intuitivo quanto digitar em um teclado físico e você está num ótimo momento”.
Para o Facebook, esse novo momento de realidade aumentada será similar à invenção do mouse, que revolucionou a maneira como as pessoas interagem com os computadores, pois trará ferramentas capazes de auxiliar e complementar todas as atividades do dia-a-dia. Isso será possível por meio da combinação de detecção sensorial, inteligência artificial e outros elementos conectivos.
É claro que essas novas ferramentas também levarão a novos avanços em marketing e publicidade, podendo, por exemplo, mostrar produtos dentro da linha de visão das pessoas, ou relacionada a onde elas estão ou o que estão fazendo. As possibilidades são infinitas, mas o Facebook lembra que muitas delas fazem parte de um futuro um tanto quanto distante:
“Construir a interface AR é uma tarefa difícil e de longo prazo, e ainda há anos de pesquisas a serem feitas. Mas, plantando as sementes agora, acreditamos que podemos chegar ao momento Engelbart (o inventor do mouse) de AR e, em seguida, colocar essa interface nas mãos das pessoas nos próximos 10 anos, mesmo enquanto continua a evoluir nas próximas décadas”.
Ou seja, o Facebook continua planejando lançar seus novos óculos ainda este ano, mas provavelmente ainda estamos longe deste próximo estágio, quando a sua atividade digital estará perfeitamente integrada com a sua vida cotidiana.
De qualquer forma, os agora está chamados “smart glasses” (óculos inteligentes) estão chegando e este futuro integrado pode chegar mais cedo do que muitos pensam – afinal, algumas situações parecem ficção científica, mas é isso que o Facebook está desenvolvendo e para isso que a equipe de AR e VR da empresa está trabalhando. E parece que eles já sabem como muitas dessas funções se conectarão.
Post do Facebook: Inside Facebook Reality Labs: The Next Era of Human-Computer Interaction
Fonte: Social Media Today