A plataforma de gerenciamento de mídias sociais Buffer, reuniu sua equipe e especialistas da área para, com base em análise de dados e cultura, fazer algumas previsões sobre o pode estar por vir nas mídias sociais em 2023. Ou, nas palavras deles: “descrevemos o que percebemos que as pessoas estão captando mais no setor e fazemos observações sobre o que o futuro reserva para as mídias sociais em 2023”.
Eles elaboraram então uma lista de 7 “previsões” , que compartilhamos a seguir:
1. Mais conteúdo gerado por IA – e ferramentas que a acompanham para rastreá-la
No ano passado, conteúdos gerados por Inteligências Artificiais ganharam grande destaque, ainda mais no final do ano, com o lançamento do ChatGPT da OpenAI. Ferramentas do tipo geraram grande interesse com suas possíveis aplicações (gerenciar e escrever e-mails, tweets, arte, etc).
A equipe alerta para o perigo do aumento do uso de IA acabar levando a um volume cada vez maior de conteúdo medíocre na Internet, e que empresas acreditarão erroneamente que podem substituir escritores por ferramentas de IA. Porém, que isso gera uma oportunidade de ouro para escritores, artistas e criadores que possuem voz, estilo e perspectiva únicos, se destacarem. Para eles, uma vez que o hype passe, a criatividade humana se tornará mais valiosa do que nunca.
2. Pessoas comuns se tornarão criadores
O grupo observa que a “era do criador rico e aspiracional está desaparecendo rapidamente, abrindo caminho para novas vozes nas pessoas comuns”. O que deve significar que mais “pessoas comuns” compartilharão sua voz, especialmente em vídeo (com destaque para o TikTok), provavelmente não de uma forma que isso se torne seu trabalho em tempo integral, mas para compartilhar e ser recompensado pelo conteúdo que publicam.
Eles destacam ainda que, mais do que nunca, as pessoas querem ver a opinião de outras pessoas sobre os produtos e serviços que estão pensando em comprar: 79% das pessoas dizem que conteúdo gerado pelo usuário tem um grande impacto em suas decisões de compra. Portanto, o conteúdo gerado pelo usuário, criado por essas pessoas comuns, será mais valioso do que nunca.
E isso faz com que haja um impulso para a autenticidade com o marketing de mídia social, seja com conteúdo ou marketing de influenciadores. As pessoas estão começando a decifrar como é o conteúdo pago, então os criadores terão que expandir seus limites na forma como criam.
3. As marcas contratarão gerentes de mídia social por plataforma
A aposta é que mais marcas perceberão que sua equipe de mídia social não pode ser também sua equipe de relações públicas, redatores, criadores de conteúdo e tudo mais. E que além disso, possivelmente gerentes de mídias sociais irão se especializar em uma ou duas plataformas, em vez de dividir sua atenção entre várias, já que as marcas podem ser mais eficientes ao dedicar sua atenção a uma plataforma, devido às nuances entre cada uma.
Aqui fica a ressalva de que, embora muito interessante, talvez seja um pouco ilusório quando se consideram momentos de demissões afetando fortemente o marketing e outras funções que são mais difíceis de provar o impacto na geração de receita.
4. Personalidades de celebridades nas mídias sociais se tornarão mais comuns
Marcas que precisam consolidar orçamentos podem acabar exigindo novas habilidades de gerentes de mídias sociais. Talvez mesmo procurando pessoas que sejam boas em criação de conteúdo e se destaquem também em frente às câmeras.
É claro que isso pode gerar uma sobrecarga nas equipes de mídias sociais, então entra uma outra alternativa: o conteúdo gerado pelos próprios usuários. Há sinais que apontam para mais marcas adotando criadores existentes em seu nicho (que já falam sobre algo relacionado a marca) para criar conteúdo para suas redes. Num movimento de que esses criadores não só usem o produto ou serviço e vendam o vídeo. Eles podem muitas vezes nem destacar a marca, mas sim se tornar um rosto e um nome familiares aos quais os consumidores possam se agarrar.
5. Os criadores se concentrarão na construção da marca por meio de plataformas próprias
2022 mostrou para muitos criadores que eles não são os donos das plataformas nas quais constroem sua audiência – e tudo pode acontecer com algo que você não possui. Com tantas mudanças acontecendo em diversas plataformas, nenhuma rede social ou criador estava realmente seguro.
Então a previsão é, mais do que nunca, os criadores terão que descobrir como gerar renda fora das mídias sociais. Com muitos deles aprimorando o marketing por e-mail, investindo em boletins informativos, lançando cursos ou mesmo comunidades pagas – se concentrando em construir sua própria marca e criar seus próprios negócios, mais do que depender de parcerias de marcas.
6. Mais conteúdo orgânico e de alta qualidade para compensar a redução de renda de publicidade
Anúncios pagos têm enfrentado reajustes nos últimos anos, com as principais plataformas de anúncios recebendo multas e restrições. Os usuários estão tendo mais poder sobre como seus dados são usados, então as empresas terão que descobrir novas maneiras de alcançar seu público.
Por isso, prevê-se um aumento no conteúdo direcionado de maior qualidade, para combater a queda nas redes sociais pagas sem cookies. É possível que veremos um ressurgimento do conteúdo orgânico devido a mudança do gráfico social para o gráfico de juros. Em vez de um hiperfoco no interesse dos indivíduos, o público estará mais interessado em ideias abrangentes e nas comunidades que promovem essas ideias.
Então a ideia é que o público busque não mais seguir um único influenciador como um santo graal, mas seguir comunidades que podem ter vários influenciadores. E empresas que criam conteúdo com os interesses do público em mente não precisarão recorrer ao pago.
7. Colaborações inesperadas entre marcas e criadores
Espera-se muito mais colaborações criativas e inesperadas entre empresas, celebridades e influenciadores. Não que isso seja algo novo, mas à medida que as marcas tentam alcançar públicos que são importantes para elas, mas que ainda não conquistaram, podemos ver mais exemplos disso, em pequena e grande escala.
Colaborações que num primeiro momento não façam muito sentido, como escalar uma montanha na Antártica para anunciar uma plataforma de vendas, fazer artesanato de Halloween para uma empresa de água… De acrobacias a lançamentos de produtos, elas podem criar um momento memorável para os consumidores e ajudar todas as partes interessadas a atingir o público umas das outras.
Essas são as principais expectativas dos especialistas consultados. Não esqueça porém, que as previsões devem ser usadas como um guia, não como uma certeza. E eles ainda lembram: “É importante considerar tudo, é claro, mas é mais importante ter uma estratégia sólida, entender seu público e criar conteúdo que atenda à sua marca”.
Para conferir o post completo, com mais dicas, explicações completas e exemplos, basta acessar 7 Social Media Predictions for 2023 (according to experts)