E já iniciou demitindo diversos executivos.
Após meses de conflitos legais, Elon Musk finalmente encerrou a aquisição do Twitter, por US$ 44 bilhões, na noite dessa quinta-feira, 27.
O empresário se ofereceu para comprar a rede social em abril, depois mudou de ideia e tentou desistir em maio. Mudou de ideia novamente e em 4 de outubro arquivou uma carta na Securities and Exchange Commission afirmando seu compromisso com o acordo original. Ele tinha então o prazo até hoje, 28 de outubro, para fechar o negócio.
Não de forma inesperada, dadas suas críticas anteriores à equipe executiva do Twitter, Musk já demitiu Parag Agrawal, que sucedeu Jack Dorsey como CEO do Twitter, o diretor financeiro Ned Segal, Vijaya Gadde, o chefe de políticas da empresa, Sean Edgett, o conselheiro geral e a diretora de atendimento ao cliente, Sarah Personette – alguns deles, inclusive, com relatos de terem sido escoltados pela segurança para fora do prédio da empresa.
Ainda permanecem dúvidas sobre o que Musk planeja fazer com o Twitter agora que o possui. Principalmente porque ele forneceu apenas detalhes vagos de seus vários planos, que incluem aumentar as assinaturas (incluindo a possibilidade de cobrar de Governos e corporações um “pequeno custo” para usar o Twitter), fornecer algoritmos alternativos para uma experiência mais personalizada e melhorar a segmentação e correspondência de dados do aplicativo para anúncios e outros conteúdos.
Musk também já falou sobre usar o Twitter para criar “X, o aplicativo de tudo”, usando como referência o WeChat, app chinês que abrange vários negócios: “Você basicamente vive no WeChat na China”, disse Musk aos funcionários do Twitter em junho. “Se pudermos recriar isso com o Twitter, seremos um grande sucesso”.
Além disso, houveram diversos comentários sobre a possível demissão de muitos funcionários e um dos principais temas: o CEO também sugeriu que mudará a maneira como a moderação do Twitter funciona, potencialmente relaxando os tipos de políticas que fizeram o ex-presidente Donald Trump ser permanentemente banido da plataforma. Na noite de quinta-feira, horas após a notícia do acordo finalizado (e da demissão dos primeiros executivos), ele twittou o seguinte:
the bird is freed — Elon Musk (@elonmusk) October 28, 2022
o pássaro é libertado
Porém, antes de fechar o negócio, tentou acalmar os temores dos funcionários de que grandes demissões estão chegando e garantiu aos anunciantes que suas críticas anteriores às regras de moderação de conteúdo do Twitter não prejudicariam seu apelo: “O Twitter obviamente não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!” Musk disse em uma carta aberta aos anunciantes na quinta-feira.
Espera-se que Musk compartilhe mais sobre seu plano para o Twitter com os funcionários ainda hoje. Tudo isso, claro, significa que muito sobre esse assunto ainda está por vir.
Fontes: The Verge, Social Media Today e Reuters
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